domingo, março 18, 2018

V.A.R. COM (MUITO) BOA VISTA.

Liga NOS
27ª jornada
Transmissão TV - Hora: 20:30
Tempo: bom. Relvado:excelente
Assistência: 45200 espectadores
2018.03.17 (sábado)


            FC DO PORTO, 2 - Boavista FC, 0
                                (ao intervalo, 1-0)

FCP alinhou com: Iker Casillas, Maxi Pereira, aos 85' Jesùs Corona, Felipe, Iván Marcano, Diogo Dalot, Héctor Herrera (C), Sérgio Oliveira, Otávio, aos 52' Óliver Torres (100º jogo) Ricardo Pereira,
Yacine Brahimi e Vincent Aboubakar (100º jogo), aos 80' Gonçalo Paciência. Não utilizados: Vanã, Diego Reyes, Hernâni, e Tiquinho Soares.
Equipamento: oficial tradicional
Treinador: Sérgio Conceição

Árbitro: Manuel Oliveira (AF Porto) - V.A.R. Bruno Esteves. A.V.A.R. António Godinho.

GOLOS E MARCADORES: 1-0 aos 2' por FELIPE, em remate de cabeça na sequência de pontapé de canto apontado por Sérgio Oliveira no lado direito; 2-0 aos 62' por HÈCTOR HERRERA resultante da interceção de reposição da bola em jogo pelo guarda redes do Boavista, Wagner, a entrar na área e a bater sem remissão.
Aos 71' o árbitro Manuel Oliveira, por indicação do segundo auxiliar, mandou para penalti uma falta cometida sobre Maxi Pereira; Sérgio Oliveira, encarregado da execução do penalti, escorregou no pé (esquerdo) de apoio ao bater a bola com a bota do direito, fazendo golo. O árbitro validou o golo sem hesitar, mas Bruno Esteves, o VAR, deu-lhe indicação para confirmar a legalidade da execução no recetor do relvado, e Oliveira, após a visualização, alterou a decisão e invalidou o golo considerando que na execução do remate tinha havido dois toques.

         Aos 40' o jogador do Boavista Victor Hugo, que entrara no jogo poucos antes em substituição de um colega que se lesionara, entrou de modo violento na disputa da bola com Sérgio Oliveira, lance que em qualquer parte do mundo incluindo Lichenstein ou o Tibet seria punido com a pena de expulsão, pura e simples do agressor, o que Manuel Oliveira determinou parentoriamente puxando, lesto, do cartão vermelho, mas que o atento, vigilante, criterioso especialista instalado na Cidade do Desporto contestou e, de novo, "ordenou" a visualização ao juiz pusilâmine e obediente, que fez "marcha-à-ré" e recuperou o amarelo com os agradecimentos públicos do infrator e os aplausos entusiásticos do seu treinador e do seu séquito. Estou errado? Não é assim? Então compare-se a intensidade e grau de perigosidade da "agressão" a Sérgio Oliveira, com a obstrução a meio a campo de Hèctor Herrera a um jogador do Boavista numa jogada de contra ataque, esta muito bem punida com cartão amarelo.
Por coincidência, o Bruno Esteves, esteve (ou não Estebes?) na Vila das Aves, mas aí, ainda que a falta dentro da área cometida sobre Danilo Pereira tivesse sido tão à vista que até uma toupeira (honesta) a teria notado debaixo da terra mesmo que seja cega por natureza, ai, aí, não, aí, o senhor Esteves, não viu o corno nem a ponta.

     Em questão de eficácia do VAR o Futebol Clube do Porto é pioneiro: a) na reversão de um cartão vermelho para amarelo, e, b) anulação de um golo na conversão de penalti porque (acidentalmente) o marcador chutou a bola com um pé e esta bateu no outro no preciso momento em que ele escorrega. Sempre à frente, em tudo.

   Vamos lá ao jogo-jogado. O Futebol Clube do Porto iniciou a partida a vencer, com o golo de Felipe no 2' minuto. Contudo, um golo prematuro raramente conduz a goleada e a um domínio absoluto do jogo, como depois se veio a confirmar sobretudo no primeiro período em que a partida decorreu equilibrada, com o adversário a tentar aproveitar-se de algum entorpecimento com que o FC do Porto  estava a tentar, sem o conseguir, assumir o comando do encontro, tardando em responder com determinação à maior agressividade que o adversário usava na disputa da bola. No período complementar, com uma entrada mais vigorosa e assertiva, que depois se prolongaria até ao fim, a equipa portista subiu o nível geral do seu desempenho acelerando as movimentações ofensivas e mantendo a normal e habitual coesão e eficácia defensiva, criando várias situações para alargar o resultado sem permitir que o adversário tivesse chegado com real perigo a ameaçar Iker Casillas uma vez que fosse.

    Com a defesa a atuar ao nível do valor que lhe é reconhecido,nela incluindo IKer,  Felipe, subiu mais alto; no miolo, a recomposição a dupla Hèctor Herrera - Sérgio Oliveira oferece á equipa condições de sucesso. O mexicano é, de jogo para jogo, uma peça determinante para caldear o futebol da equipa reforçando o estatuto de pedra angular do seu rendimento. Na frente, saúdo o regresso de Vincent Aboubakar à sua maneira de atuar, desenvolto e participativo, terrível na querela um a um pela posse da bola. faltando-lhe ter obtido o golo para poder ser tido como o atleta mais destacado da noite. Também o Ricardo Pereira deu nas vistas pela soma de ações úteis que desenvolveu e pela aplicação com que o fez.

     O mais belo estádio de Portugal teve noite de casa cheia. Muitos adeptos fiéis, agora, levando os filhos e demais família para festejarem da melhor maneira "o dia do Pai", perto daqueles que se batem pelo emblema que os guia. Belo momento de confraternização de uma parcela da "nação" portista, ímpar manifestação de crença e de confiança quanto ao futuro vitorioso do Clube, distinta prova da empatia que se estabeleceu entre a equipa e os seus apoiantes.

     "Contra tudo e contra todos", seremos Campeões!
       

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