quinta-feira, fevereiro 08, 2018

SO ARES DE TEMPESTADE NA NOITE DO DRAGÃO.


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5 / 14
Taça de Portugal
1/2 final - 1ª mão (2ª mão: 18 de Abril em Alvalade)
Estádio do Dragão, Porto, Portugal
Sportv - Hora: 20:15
Tempo: seco e frio
Relvado: bom estado
Assistência: 32855 (1800 da claque dos leões)
2018.01.07 (4ª feira)


            FC DO PORTO, 1 - Sporting CP, 0
                                         (ao intervalo: 0-0)

FCP alinhou com: Iker Casillas, Ricardo Pereira, Felipe, Diego Reyes, Alex Telles, Hèctor Herrera (C), Sérgio Oliveira, Jesùs Corona, aos 71' Otávio, Yacine Brabimi, aos 80' Hernâni, Moussa Marega e Tiquinho Soares, aos 83 Gonçalo Paciência. Convicados não utilizados: José Sá (g.r), Maxi Pereira, Osório e Oliver Torres.
Equipamento: oficial tradicional
Treinador: Sérgio Conceição
Nota: Iker Casillas realizou o centésimo jogo ao serviço do FC do Porto.

SCP alinhou com. Rui Patrício, Piccini, Mathieu, Coates, Fábio Coentrão, aos 84' Montero, Battaglia, aos 87' Bruno César, Bruno Fernandes, Ristowiky, aos 74' Rúben Ribeiro e Doumbia. Não utilizados: Salim (g.r) Bryn Ruiz e João Palhinha.
Equipamento: oficial tradicional
Treinador: Jorge Jesus.

Equipa de arbitragem: João Pinheiro, com os auxiliares Rui Licínio e Nuno Eiras, AFE de Braga. 4º árbitro, Jorge Sousa. VAR; Carlos Xistra.

            O terceiro dos cinco jogos previstos no calendário da presente época entre o Futebol Clube do Porto e o Sporting Clube de Portugal, que ontem decorreu no estádio do Dragão, terá sido o melhor de quantos tinham sido realizados em Alvalade para o campeonato e em Braga na final da Taça da Liga. E se em nenhum deles o FC do Porto tendo sido a melhor equipa logrou vencer, neste terceiro confronto justificou amplamente o triunfo, embora a clara superioridade demonstrada sobre a equipa alfacinha não tivesse tido no resultado final a expressão que merecia. A diferença mínima é excessivamente lisonjeira para a equipa de Jorge Jesus e premeia uma atitude calculista negativa baseada na anulação do maior potencial do opositor e deixar à sorte do jogo o menor dano no desfecho final.

           Correu bem a Jesus, porque foi tal a superioridade dos azuis e brancos e tantas os reais momentos de golo criados no decorrer da partida pelo FC do Porto que a eliminatória, que, fossem convertidos em golos, a eliminatória teria ficado decidida e a 2ª mão uma mera formalidade.

          Aos 7' já Soares tinha marcado presença ao rematar de cabeça uma assistência para a área que passou por cima da barra; aos 16' foi Ricardo Pereira que na ala direita sentou o Fábio e assistiu para a área com o lance a ser anulado com dificuldade; aos 21' Yacine Brahimi  pôs â prova os reflexos de Rui Patrício não conseguindo concluir uma grande jogada do ataque portista; o Sporting rematou enquadrado à baliza pela primeira vez aos 24' mas Iker Casilas defende sem dilficuldade  o remate executado fora da área; aos 30' Tiquinho Soares inicia uma jogada de ataque e é travado numa rasteira indecente; aos 30' na conjversão de um livre direto à entrada da área do Sporting é Sérgio Oliveira que leva a bola a bater com estrondo no poste, com Yacine Brahimi a tentar concluir e a bola a seguir para canto; logo, logo é Hèctor Herrera a falhar isolado dentro da área uma assistência magistral de Jesùs Corona; aos 39' os visitantes conseguem levar uma jogada completa até perto da área do Porto, concluída com forte remate dirigido ao centro da baliza que Iker sacode com a ponta de luna por cima da barra, com o lance a ser precedido de uma mão na bola por parte de Acuña: aos 42' é Battaglia a executar sobre Moussa Marega um golpe de rugby impedindo que ele se isolasse; aos 45' Diego Reyes anula com um corte oportuno um lance de ataque sportinguista.

           O SCP ao iniciar o período complementar pareceu querer (finalmente) enfrentar sem receio a chama do Dragão. Doumbia, faz Casillas desviar para a linha de fundo um remate mal intencionado; aos 53' Coates vê amarelo por entrada violenta, o livre apontado por Alex Telles tem defesa de Rui Patrício. aos 56' na cobrança de um livre por falta sobre Sérgio Oliveira nada resulta, o mesmo acontece aos 58' com Bruno Fernandes a executar idêntica falta; era o período em que o Sporting estava a tentar reagir, mas aos 60' Sérgio Oliveira serve com centro preciso Tiquinho Soares que se eleva e bate de cabeça deixando Rui Patrício a ver o filme. Enorme passe, grande elevação e golpe de Tiquinho!; aos 65' em mais uma ataque perfeito de novo Sérgio assiste T. Soares, que volta a bater com a cabeça e faz brilhar o Patrício; aos 67', é Accuña a  "calçar" o tanque Moussa Marega; aos 72' é Coentrão a tentar bloquear o maliano Marega, falta que qualquer árbitro puniria com amarelo mas o Fabinho já tinha visto um antes; aos 79' Hector Herrera assiste Yacine Brahimi, Patrício arrisca a cabeça mas fica com a bola, aos 85' Gonçalo Paciência experimenta a mira e a bola não acerta no alvo; aos 88' a defesa do Porto tem o maior "aperto" do jogo mas safa-se e aos 89' é Gelsonn Martins a agarrar A. Telles, com o Pinheiro a perdoar a cartolina amarela; aos 90+2 um lance que me fez recuar anos e lembrar o golpe do Toni no anterior estádio da Luz a partir em fratura dupla a perna de Marco Aurélio, médio do FC do Porto, que lhe pôs fim à carreira, com uma entrada muito idêntica à que Accuña fez a Ricardo Pereira! Punida com cartão amarelo, sendo expulso porque que foi o segundo ! Só visto.

        No jogo de treinadores, Sérgio Conceição só não deu uma lição ao "mestre" porque a sorte não esteve com o "aluno". Mas andou perto daquela noite dos 5Zero em que Jesus "ajoelhou" e...rezou.

      Em termos de exibição gostei acima de tudo da determinação e garra da equipa do Futebol Clube do Porto, da "fome" dos seus jogadores em se banquetearem com uma vitória farta. Há jogadores em forma excecional a merecer vigilância especial por parte do adversário, que nem sempre usa armas limpas.

      Cada treinador faz a análise dos jogos que mais lhe interesse para diluir os estragos ou justificar o que não é fácil pela evidência dos factos. Ontem Jesus não precisou de recorrer ao vento , a não ser pelo que os jogadores do FC do Porto faziam ao passar pelos da sua equipa. As suas apreciações finais ao jogo, são as mais humorísticas e hilariantes de que me recordo alguma vez o ter ouvido fazer. Ai,Jesus, quando perdes tens mesmo graça. Espero rir-me mais algumas vezes...

       Fiquei abismado quando soube da nomeação do Pinheiro para arbitrar uma partida com a relevância desta. E com a designação do Xistra para responsável do VAR. Foi uma risco temerário (ou provocação?)dos nomeantes e um perigo emergente para o futuro do Futebol Clube do Porto. Sendo um jogo com características especiais, a sorte favoreceu os juizes porque os jogadores se contiveram nos limites da legalidade e os casos surgidos não tiveram influência relevante no desfecho final, dando de barato que as falhas havidas imputáveis ao árbitro são mais consequência da sua incompetência inata do que intencionais.
                

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