domingo, fevereiro 04, 2018

PORTO SUPERIOR DOS PÉS Á CABEÇA






Liga NOS 
21ª jornada
Estádio do Dragão, Porto, Portugal
Sporttv - 20:30 horas
Tempo: frio (7º) e seco
Relvado: bom estado
Assistência: +42 000-1000 claque do Braga)
2018.02-03 (sábado)


        FC DO PORTO, 3 - SC Braga, 1
                                   (ao intervalo: 2-1) 

FCP alinhou com: José Sá, Ricardo Pereira, Felipe, Diego Reyes, Alex Telles, Hèctor Herrera (C), Sérgio Oliveira, Jesùs Corona, aos 64' Paulinho, Yacine Brahimi, aos 80' Majeed Waris, Vincent Aboubakar. aos 85' Gonçalo Paciência e Moussa Marega. Não utilizados: Iker Casillas, Osório, Maxi Pereira, Óliver Torres.

Equipamento: oficial tradicional

Treinador: Sérgio Conceição 

SC Braga alinhou com: Mateus, Diogo Figueiras, Bruno Viana, Raul Silva, Jefferson, Danilo, aos 87' Diogo Sousa, Vuckcevic, Esgaio, Ricardo Horta, aos 61' André Horta, Wilson Eduardo e Paulino, Hassan aos 68' . Não utilizados: Tiago Sá, Rosik, Xadas e Fábio Martins. 
Equipamento: oficial tradicional
Treinador: Abel Teixeira

Árbitro: Hugo Miguel (AF Lisboa) - VAR - Nuno Almeida

GOLOS E MARCADORES: 1-0 aos 14' por SÉRGIO OLIVEIRA, rematando de cabeça no sentido inverso da trajetória da bola vinda da esquerda, servida com conta peso e medida por Alex Telles; 1-1 aos 31' num toque com o calcanhar e de costas para a baliza na sequência de pontapé de canto, com a bola a bater na parte interior do poste mais distante e a passar o risco de baliza: 2-1 aos 38' por DIEGO REYES, ainda com a cabeça e assistência de Alex Telles que apontou o canto, numa bela elevação a levar a bola a entrar no canto contrário sem hipótese de defesa para Mateus. 3-1 aos 74' por Vincent ABOUBAKAR entrando de cabeça a nova assistência de Alex Telles.

         Foi um jogo de fortes emoções e excelente espetáculo o que opôs ontem no estádio do Dragão o Futebol Clube do Porto e o S C de Braga. Defrontaram-se dois conjuntos com argumentos fundamentados e legítimas ambições, amplamente comprovados pelo bom nível do futebol praticado pelos dois conjuntos, variação e incerteza no marcador durante grande parcela de tempo de jogo, bem como pelas destacadas exibições individuais de elevado número dos jogadores.

       Para os que já anunciavam, velada ou expressamente, uma quebra das grandes potencialidades até agora demonstradas pelo FC do Porto, tiveram nesta partida oportunidade de rever os prognósticos pessimistas que prematuramente anteviram quanto ao futuro dos azuis e brancos nesta época, porquanto a equipa demonstrou amplamente as suas reais capacidades técnicas e força moral coletiva com que pretende alcançar os seus primeiros objetivos da época, não obstante impedimentos pontuais de alguns jogadores e o escasso tempo de ambientação das contratações recentes. 

      Pessoalmente, não pensava que o Braga mostrasse tanta ambição e otimismo para derrotar no Dragão a que deverá ser a atual melhor equipa do futebol nacional. Já assisti a alguns dos jogos dos bracarenses em provas internas e internacionais, e em nenhuma delas dei conta de tanto arreganho, agressividade e ambição, além da basófia do discurso do seu treinador, como neste confronto. Lamento, por eles, tão ambiciosos e sonhadores que são com conquistas fora da playstation, que o Futebol Clube do Porto tenha outras armas, justificadas ambições e provas dadas, que não são palavras ou jogos folclóricos que ganham jogos e troféus. Vou,  dora avante, "torcer" pelos arsenalistas ambiciosos, convicto de que se baterão ainda mais e melhor do que neste confronto com o Futebol Clube do Porto, mostrando a mesma raiva, espumem saliva de sangue, batam na bola ou nas canelas, se enfureçam com os guarda redes adversários que impeçam com defesas magistrais os golos que vislumbram em dois ou três remates que venham a fazer em noventa minutos, e sejam (finalmente!) campeões de Portugal quando a "mãe" Dona Victória voltar a sair vencedora de Liga dos Campeões.

      José Sá teve neste jogo oportunidade de mostrar a qualidade que tem, bastando recordar a defesa que realizou no remate de Paulinho. Ricardo Pereira fofi o TVG da ala direita exclusiva, Felipe sem falha nem falta, Diego Reyes, mais alto e melhor no golo belo, Allex Telles  geométrico e tri-métrico nas assistências, Hèctor Herrera, o capitão L'Inspector, Sérgio Oliveira a içar a bandeira a anunciar o fim da brincadeira, o Jesùs Corona, émulo de Maradona e baralhar e dar as cartas, com o maior fornecedor dos oftalmologistas de Portugal e da Argélia, Yacine Brahimi, a abacinar os olhos aos defesas para lhe  acertarem nas canelas, Vincent Aboubakar, espera lá que de ti irei tratar antes do árbitro apitar, e o tanque-boldozer arrastador (ou arrasador?) que de mousse não é mas Marega, melhor em relva do que no mar. Depois, mais tarde, ouvireis aqui falar de Majeed Waris como da Mona Lisa no Louvre, de Paulinho melhor do que Maomé ouve do toucinho e...havei Paciência que o Gonçalo tem raça de Dragão e igual resiliência.

      Já nenhum árbitro se preocupa em disfarçar que segue uma cartilha com um princípio comum: "tudo contra o Futebol Clube do Porto, a favor do Futebol Clube do Porto, nada!" Seguindo os usuais trâmites da lusitana arbitragem,  Hugo Miguel, não tem critério único no julgamento das faltas; porque não julga de acordo com a irregularidade praticada, mas em função de quem a comete. Posso não saber a estatística, mas fiquei com a sensação que no jogo que não foi a equipa que menos faltas passíveis de sanção cometeu que, na estatística final, somou maior número delas. Contribuíram para tal, seguramente, as "faltinhas" que se veem com lentes de fundo da garrafa, e se alargam a visão até ao infinito quando um Danilo que não veste de azul e branco, bate forte e feio com mão e pé num adversário, um feroz Jesùs Corona é travado e impedido de concluir jogada perigosa dentro da área adversária e Moussa Marega é travado por uma mina clandestina. 

      Ó Miguel Hugo, assim, estragas tudo.

      PS- Abel Ferreira, a tua equipa fez um bom jogo criou dois lances que podem ser considerados de risco para os adversários, mas José Sá é guarda redes do FC do Porto porque tem classe. Querer com isso insinuar que não fora o guarda redes barbudo, terias vencido esta partida em que o teu Mateus carrancudo só não foi buscar a bola uma dezena de vezes ao fundo das redes porque o Bom Jesus o poupou, é mesmo de quem é pequeno e gostaria de ser grande. Cresce, e parece, moço. Diz-me, foi tua a escolha de Raúl Silva? Se sim, parabéns. É jogador, Salvador.

(a editar, se me der na bola, perdão, bolha.)

       

      

      
       

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