sábado, novembro 18, 2017

MAGIA AFRICANA NO TRIUNFO EM CIMA DA HORA.

 André Pereira foi a novidade de Sérgio Conceição

TAÇA DE PORTUGAL
4ª eliminatória
Estádio do Dragão, Porto
Sportv1 - Hora: 20:30
Tempo: seco e frio
Assistência: cerca de 20000
2017.11.17 - sexta feira


              FC DO PORTO, 3 - Portimonense SC, 2
                                            (ao intervalo: 1-1)

FCP alinhou com: Iker Casillas, Ricardo Pereira, Felipe, Iván Marcano (C), Alex Telles, Danilo Pereira, André André, aos 70' André Pereira, Óliver Torres, Hernáni, aos 53' Yassine Brahimi, Jesùs Corona, aos 77' Miguel Layún e Moussa Aboubakar.
Equipamento: camisola oficial tradicional, calção e meias brancos
Treinador: Sérgio Conceição.

Árbitro: Artur Soares Dias (AF Porto). 4º árbitro: João Pinheiro

GOLOS: 1-0 aos 5' por DANILO PEREIRA. Junto à linha de fundo André André ganha canto; Alex Telles de é esquerdo coloca a bola no miolo da área onde DANILO PEREIRA aparece a desviar para o golo: 1-1 aos 30' por Wellington Carvalho, na conclusão de jogada iniciada com uma perda de bola de Ricardo Pereira com o jogador do Portimonense a escapar-se até fazer um cruzamento sobre a defesa onde um colega a desvia para o marcador, a rematar de cabeça para junto das pernas de Casillas com a bola a entrar junto ao poste; 1-2 aos 69' em remate fulminante de pé esquerdo de fora da área de Pedro Sá, com o esférico a entrar como um bólide no ângulo superior direito da baliza sem hipótese de defesa parav Iker Casillas: 2-2 aos 90'+1´por Vincent ABOUBAKAR,desmarcando-se entre os centrais para receber um lançamento mortal de Alex Telles, isolar-se e a atirar sob o corpo do guarda redes: 3-2 aos 90'+6' por Yassine BRAHIMI, num rápido lance de ataque com André Pereira a servir Aboubakar na cabeça da área com a bola de chegar a Yassine BRAHIMI solto à esquerda, que domina, progride uns passos dentro da área rematando calmo e preciso.


           Como esperava, o Futebol Clube do Porto deparou com muitas dificuldades para vencer o Portimonense. Mal avisado andava quem pensou que a equipa algarvia com mais um ou menos um golo acabaria por cair naturalmente perante a supremacia do Dragão. E o que aconteceu foi que a partida decorreu muito difícil para as camisolas azuis e brancas, sendo que o resultado era de 1-2 no fim dos 90' regulamentares e os dois golos que validaram a passagem à eliminatória seguinte da competição apenas surgiram no 1º e 6º minutos dos sete concedidos como compensação da perdas de tempo.

          Tinha feito algures um comentário no facebook de que só quem não tinha visto jogar este Portimonense e o avaliava pelos dois resultados verificados nos dois últimos confrontos entre as equipas, poderia estar à espera de um jogo fácil. Engano: a equipa de Vítor Oliveira, um dos mais experientes e conhecedores treinadores do futebol português, está recheada de excelentes executantes, sabem bem o que fazer no decorrer do jogo e foram a jogo olhando olhos nos olhos a equipa que neste momento está a executar o melhor futebol em Portugal.

           Por seu lado, este não era o momento ideal para o Futebol Clube do Porto jogar contra adversário tão motivado e em excelente momento de forma; a interrução prolongada de jogos competitivos, as participações em jogos de seleção de muitos dos seus elementos, o número de excluídos por força de recuperação de lesões, alguns titulares indiscutíveis e a próxima deslocação à Turquia para o embate com o Besiktas para a Liga dos Campeões, constituíam contrariedades, que Jesùs Corona, parecendo em déficit físico e moral e Hernâni e Ricardo Pereira, nesta partida muito inseguros, não conseguiram disfarçar.

          Até aos trinta minutos do início, o Futebol Clube do Porto sem que estivesse a nível elevado, tinha o jogo perfeitamente controlado até porque ganho vantagem cedo no marcador. Contudo, o golo um tanto inesperado e a forma como aconteceu, produziu um efeito positivo no futebol do visitante e um menor à vontade no jogo dos visitados. E em espaços demasiados extensos no segundo período, foram os Portimonenses que mandaram no relvado (!). Porém, no cômputo dos lances passíveis de concretização em golo ocorridos, e classe individual dos portistas e um pouco da tal fortuna que ninguém dispensa para chegar ao êxito, o Futebol Clube do Porto mereceu vencer. Pena que o Portimonense, como excelente equipa que provou ser, tenha sido a vítima imolada na ara do sacrifício.

        Em termos de entrega os jogadores do FC do Porto não merecem reprovações. Em termos exibicionais, raros foram os que atingiram nível elevado. A defesa sofreu dois golos, Ricardo Pereira não atingiu o nível do costume, o meio campo não brilhou e viveu muito do esforço de Danilo Pereira; Jesùs Corona, com pouco rendimento, Hernâni jogou fora mais uma oportunidade de se afirmar. Aboubakar, desaparece do cenário de guerra demasiado tempo, com o mérito de quando se mostra não há quem o não veja. Miguel Layún foi útil, mas dispensava-se a manifestação de protesto do primeiro lance em que interveio; Yassine Brahimi foi, simplesmente, decisivo. André Pereira, em estreia (quem diria!) trouxe animação e vida ao ataque portista.


       Neste jogo, Artur Soares Dias e a sua equipa, não cometeram erros com influência direta no resultado. A expulsão por segundo cartão amarelo do jogador portimonense não é questionável porque as faltas são claras (antes, escuras), não vejo qualquer irregularidade no lance em que foi reclamada sobre André Pereira dentro da área, e o cartão amarelo que puniu Alex Telles, que Vítor Oliveira gostaria que tivesse sido da cor "do outro" pareceu-me adequado dado que o lance estava a ser muito disputado pelos vários intervenientes e não se verifica evidencia qualquer na  intenção de atingir o adversário por parte do defesa portista.
       Quanto aos sete minutos de compensação de tempo só pode pecar por defeito nunca por excesso. Aliás, foi o aspeto mais negativo da exibição elogiável do Portimonense SC, que o Clube algarvio e o seu competente treinador bem poderiam ter excluído da bela peça que pintaram.

         

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