quarta-feira, setembro 27, 2017

DRAGÃO REI NO PRINCIPADO.


Mónaco curvado e um Tigre na jaula: FC Porto elogiado pelo mundo fora
Fotografia O Jogo online

Liga dos Campeões
Fase de grupos - 2ª jornada
Estádio Luís II, Principado do Mónaco
Hora. 19:45 - RTP1
Assistência: +-16500 (Lotação oifical: 18500)
Grande apoio de portugueses, com destaque para a claque)
2017.09.28


              A.S. MÓNACO, 0 - FC DO PORTO, 3
                                              (ao intervalo: 0-1) 


FCP alinhou: Iker Casillas, Ricardo Pereira, Felipe, Iván Marcano, Alex Telles, Danilo Pereira, Hèctor Herrera (C), Sérgio Oliveira, Yassime Brahimi, Aboubakar e Moussa Marega. Substituições: aos 71' Yassime Brahimi por Jesùs Corona e Aboubakar, por Miguel Layún; aos 86'n Diego Reyes, entrou para render Sérgio Oliveira.

Equipamento: alternativo de cor azul claro.

Treinador: Sérgio Conceição.

Árbitro: Slavico Vincic (Eslovénia)


GOLOS E MARCADORES: aos 31' por ABOUBAKAR, num lance iniciado por Iván Marcano a repor a bola para a área, Danilo Pereira atira forte remate que Benaglio defende com muita dificuldade, e ABOUBAKAR a concluir à segunda tentativa depois da primeira ter batido no guarda redes da casa; aos 69' aconteceu o 0-2 na conclusão de um lance puro de ataque, de novo pelo ponta de lança ABOUBAKAR, encaminhando firme e confiante para as redes do Mónaco a bola que Marega lhe remeteu da direita redondinha como uma lua cheia, dando deferimento a um passe de génio de Yassime Brahimi à saída da área portista. Um golo de antologia digno de figurar num compêndio de bem jogar futebol coletivo; aos 89' foi Miguel Layún quem, com um pontapé de ressaca sem defesa humana, sentenciou o resultado. Marega, antes, tinha rematado forte à mancha do corpo de Benaglio, Hèctor Herrera próximo do poste tenta dominar a bola e virar-se para rematar, acontece novo pontapé defendido pelo excelente guarda redes da casa e o mexicano põe fim ao desiderato aplicando o golpe fatal.

A vitória não oferece qualquer contestação. tão evidente foi a superioridade do Futebol Clube do Porto desde o princípio ao fim do jogo. Ressalvado o período de ajustamentos posicionais, a equipa portuguesa assumiu uma superioridade visível sobre os monagascos campeões em título da França na época finda,  em todo o relvado e catálogo de bem jogar à bola. Adotando um sistema que dificultava ao adversário o domínio das operações que comandam os jogos pelo centro do relvado, procurando jogar em bloco, o Futebol Clube do Porto submeteu o conjunto do Principado a um papel subalterno de anular o adversário, do que de construir e obrigá-lo a defender o mais próximo possível da sua área. No cômputo final dos lances tidos como passíveis de se converterem em golos, apenas um foi claro quanto Radamel Falcao, com o resultado em 0-2, fez tremer a barra da baliza à guarda de Iker Casillas com um remate sem preparação a merecer aplausos. Houve aos 4' um erro de Yassime Brahimi ao "entregar" dentro da área a Falcao, mas nem o nosso antigo grande avançado contou com o lapso de argelino.



Toda a defesa do FC do Porto esteve à altura das exigências dos atacantes do AS Mónaco, quer quando foi necessário defender ou apoiar a equipa nas jogadas ofensivas. No miolo Sérgio Oliveira, a (bem) pensada e feliz aposta de Sérgio Conceição. foi inesgotável no esforço para reduzir a capacidade de organizar o jogo aos jogadores da casa. Danilo Pereira oferece à equipa robustez e segurança, e agora com papel mais atacante espreita o momento certo para visar a baliza. Hèctor Herrera tem pela fulcral na estabilização do jogo da equipa, tanto quando desce no relvado ou se integra nas jogadas atacantes. É tempo dos apoiantes olharem com olhos de ver para o nosso jogador há quatro (!) épocas, porque tem classe e ocupa por direito o lugar de capitão. Depois. há três jogadores que se destacaram por pormenores distintivos inerentes à qualidade do futebol que praticaram e contribuíram para a estrondosa vitória. Cada um a seu modo, Aboubakar pelos golos, Marega pela influência que teve no jogo de ataque da equipa, e Yassimi Brahimi pela irrequietude e magia e génio de improvisação artística merecem ocupar os três lugares do podio.



   
 ARBITRAGEM.

 O trabalho do árbitro eslovénio Slavic Vincic (restante equipa) não teve falhas relevantes. Foi em tudo equitativo e isento. Recorreu com acerto à penalização das faltas com amarelos como se impõe a este nível, mas o mesmo não corroboraria, por sistema, nos campeonatos internos a não ser aos prevaricadores contumazes que todos os que veem futebol muito bem sabem identificar.


Remígio Costa

TRIUNFO NÃO FOI SORTE DE ROLETA MAS TRABALHO DE PICARETA.

EXPLICAÇÃO DO GESTOR DE "DRAGÃO SEMPRE!"

                  COM O TEXTO DO JOGO DA LIGA DOS CAMPEÕES, AS MÓNACO-FC DO PORTO PRATICAMENTE CONCLUÍDO, UM LAPSO DE DIGITALIZAÇÃO DE TECLAS APAGOU O COMENTÁRIO.

                  NÃO ESTOU COM SUFICIENTE ÂNIMO PARA REESCREVER NOVO TEXTO..

                  O FC DO PORTO FEZ UM EXCELENTE JOGO, MERECEU O TRIUNFO DESAFOGADO, O ÊXITO É ÚTIL POR RAZÕES ÓBVIAS, E EU CONTINUO CONFIANTE.


                  ATÉ BREVE.


"Uma exibição fantástica, à imagem do treinador", resumiu Pinto da Costa

sábado, setembro 23, 2017

PORT(O)IMÃO CHEIA.





Liga NOS
7ª jornada
Estádio do Dragão, Porto, Portugal.
Sportv - 20:30 horas
Bom tempo, bom relvado
Assistentes: 38 105, sexta feira, dia de trabalho
2017.09.22 

   FC DO PORTO, 5 - Portimonense SC (Algarve), 2
                                       (ao intervalo: 3-1)

FCP alinhou: Ricardo Pereira, Felipe, Iván Marcano, Alex Telles, Danilo Pereira, aos 74 Diego Reyes, Hèctor Herrera (C), Jesùs Corona, aos 66´Óliver Torres, Yassime Brahimi, Marega e Aboubakar, aos 74' Tiquinho Soares.
Equipamento: oficial tradicional
Treinador: Sérgio Conceição

Árbitro: Luís Ferreira (Braga)

GOLOS: 1-0 aos 21' por IVÁN MARCANO. Com a área tapada com jogadores de ambas as equipas, o remate forte de pé esquerdo do avançado portista abriu o marcador; 2-0 aos 23' por ABOUBAKAR. Um primeiro remate de cabeça a desviar uma assistência de Jesùs Corona embateu num defesa voltando a bola à posição do avançado portista que bateu forte para o segundo; 3-0 aos 26' com bis de MAREGA. Pelo miolo Jesùs Corona lança o inspirado maliano, o qual se adianta aos marcadores diretos, e à saída de Ricardo Pereira, toca a bola em jeito por cima; 3-1 aos 36' por Nakajima. Com a defesa do Porto desposicionada a meio do meio campo e a abrir espaço, o japonês escapa-se a Felipe sem dificuldade, enquadra a posição e remata rasteiro ao interior do poste com a bola a ressaltar para dentro, perante um Casillas abandonado; 4-1 aos 50' por YASSIME BRAHIMI. Jogada iniciada na direita pelo argelino, envolvendo depois Aboubakar, Marega e de novo Yassime, a concluir uma jogada de "passe de baile"; 5-1 aos 68' por YASSIME BRAHIMI, Como uma serpente no encalço da presa, o avançado portista controla a bola, solicita a colaboração dos colegas de ataque, recebe bem tratada a bola e ensina-lhe o caminho do golo. Olaré, assim é que é (seguem-se as palmas). 5-2 aos 73' Rúben Fernandes, a concluir na zona de penalti um excelente serviço da direita, batendo Felipe e Iker a somar o segundo, e terceiro das sete vitórias em outros tantos jogos já realizados.

      Raramente visto no Dragão quando recebe equipas de menor projeção, este Portimonense primo-divisionário de regresso ao escalão maior do campeonato português, estacionou o autocarro no parque do estádio entrando no relvado sempre bem tratado sem optar por ocupar o espaço restrito de metade de meio campo, mas, para o utilizar somente com os pés e a cabeça para discutir o resultado do jogo a toda a largura e comprimento dele. Foi assim de princípio ao fim. 

      Ainda não foi neste jogo que os seguidores do Futebol Clube do Porto ficaram absolutamente satisfeitos com o que a equipa produziu. Confortados, sem dúvida, com o robusto e inquestionável triunfo, reticentes quanto à qualidade do trabalho do conjunto e até individualmente se escrutinados pelo que fizeram em toda a partida alguns dos seus elementos. Em vésperas de uma deslocação ao Mónaco para disputar o segundo jogo da primeira mão da Liga dos Campeões, o comportamento das equipas nos jogos internos é, muitas vezes, menos convincente e agradável. O jogo da equipa azul e branca no confronto com a equipa algarvia alinhou pela regra.

      Três golos em cinco minutos entre os 21' e 26' marcaram a partida quanto à incerteza do desfecho final. Daí que o ritmo decorresse em termos de serviços mínimos, houvesse lugar a desatenção, poupança de chuteiras e deferências para com as visitas convidando-os a descontraírem-se , pois que a "casa é vossa, esteja à vontade, sirvam-se. E eles serviram-se, andaram por onde acharam bem andar, a conseguiram "ir ao pote" duas vezes. Até esta altura ainda ninguém se atrevera a tanto.

       Quem teve a pachorra de me acompanhar até aqui, e não assistiu ou não viu como decorreu o jogo, já terá uma ideia do que a mim me foi dado assistir. Em termos territoriais verificou-se mais equilíbrio do que seria expectável acontecer. As diferenças mais acentuadas e que pesaram na balança da justiça dos golos, terá que ser encontrada na superior qualidade individual dos jogadores do FC do Porto,


.

        Ricardo Pereira, Alex Telles, o capitão, Hèctor Herrera, o mais esclarecido dos médios e um dos que mais se empenhou em toda a partida (dá que pensar a péssima e injusta atitude de assistentes de bancada relativamente ao excelente papel na equipa do jogador mexicano...), Jesùs Corona e Óliver Torres, notaram-se melhor. Moussa Marega insiste em assegurar uma posição assídua no ataque. YASSINE BRAHIMI, personifica a parábola do filho pródigo: andou perdido mas regressou e segue em alta: BEM ACIMA. Pouco tempo para Diego Reyes (vale a estreia) e Tiquinho Soares, este ainda assim a dar nas vistas.

        Se eu tivesse que avaliar o trabalho do árbitro bracarense Luís Ferreira, de um a cinco premiava-o com 2,4. Sem favor.

      
Fotos "O Jogo" online
Remígio Costa      

segunda-feira, setembro 18, 2017

JUSTO SALÁRIO.


Brahimi assistiu Marega para o segundo golo do FC Porto

(O Jogo  online)

Liga NOS
6ª jornada
Estádio dos Arcos, Vila do Conde
Sportv - Hora: 18:00
Bom tempo e relvado aceitável
Assistência: "1/2 casa"
2017.09.17


 Rio Ave (Vila do Conde), 1 - FC DO PORTO, 2
                                      (ao intervalo: 0-0)

FCP alinhou: Iker Casillas, Ricardo Pereira, Felipe, Iván Marcano, Alex Telles, aos André André, Danilo Pereira, Hèctor Herrera (C), Otávio, aos  68' Maxi Pereira, Yassine Brahimi, Marega e Aboubakar, aos 68' Tiquinho Soares.
Equipamento: alternativo de cor laranja.
Treinador principal: Sérgio Conceição.

Árbitro: Jorge Sousa, (AFP)

GOLOS: 0-1, aos 54' Danilo Pereira, em entrada decidida de cabeça na conclusão de pontapé de canto apontado à esquerda por Alex Telles; 0-2 aos 67', por Marega, a concluir dentro da área em rfemate forte e colocado de pé esquerdo uma sua "cavalgada" pelo corredor direito em preciosa colaboração com Yassine Brahimi, o qual lhe devolveu a bola em excelente passe para o maliano concretizar com tranquilidade e precisão. O 1-2 aconteceu aos 80' e resultou de uma desatenção de Ricardo Pereira, o qual mal chegara ainda à terceira posição que desempenhou na partida depois de ter começado a partida a defesa direito, ter subido para a posição mais adiantada do mesmo lado para dar entrada a Maxi Pereira, e ter voltado à defesa, agora do lado esquerdo a quando da saída por lesâo de Alex Telles. Nuno Santos, o autor do golo recebeu a bola com espaço aberto, controlou e rematou rasteiro e com precisão para o lado oposto e direito da baliza, obtendo o feito de ter batido Iker Casillas pela primeira vez esta esta época.


            Há jogos que não ficam na memória, mas rendem lucro cumprindo o objetivo primordial. Na circunstância, o triunfo do Futebol Clube do Porto teve valor acrescentado na media em que não descolou da liderança partilhada da prova, afastou-se pontualmente ainda mais do tetra campeão nacional que ficou a CINCO pontos, à sexta jornada, derrotado na véspera pelo Boavista sem apelo nem agravo, e restaurou a confiança dos fiéis adeptos depois do insucesso verificado na primeira mão da jornada inaugural de Liga dos Campeões. 


           Contra um adversário reconhecido pela crítica como uma equipa forte e muito bem estruturada, o Futebol Clube do Porto não deslumbrou mas pelo trabalho sério e aplicado que fez nos 90'+ 7',30' que a partida teve, mereceu o justo salário do que produziu. Não foi um jogo fácil, porque o Rio Ave foi sempre um adversário inconformado, lutador e com jogadores de excelente nível que lutou com todos os trunfos que possui para equilibrar o resultado e até superá-lo.

O treinador do Dragão procedeu a mexidas na formação da equipa, tendo dado a titularidade a Hèctor Herrera e a Otávio, mantendo Tiquinho e Óliver de reserva. Levou Aboubakar a jogo depois do afastamento por castigo contra o Besiktas, e introduziu alterações nas posições habituais no miolo dando a Danilo Pereira maior protagonismo no apoio ao ataque. A equipa manteve-se equilibrada em todo o tempo de jogo, praticando futebol coletivo sem sofreguidão ou nervosismo o que lhe assegurou o controle do adversário, não lhe permitindo jogadas de golo possível, apenas falhando no lance de Nuno Santos pelas razões já referidas.

          Dando claro indício de não jogarem em esforço limite (a partida decorreu toda ela em velocidade controlada), o desempenho individual  dos jogadores não merece reparos. Achei que Aboubakar não teve a fogosidade de outras partidas o que se refletiu necessariamente no baixo rendimento que deu à equipa. Tivesse sido mais esforçado e o trabalho da defesa local aumentaria substancialmente. Outras figuras conseguiram maior visibilidade, como foi o caso de Danilo Pereira, muito em jogo e excelente rendimento. Não encontro em Hèctor Herrera, ontem nomeado capitão da equipa, motivos para a depreciação do seu valor como jogador. O mexicano é um jogador de qualidade, sabe que o que tem a fazer durante o jogo, é diligente e, em tranquilidade tem valor de influência positiva na qualidade de jogo da equipa. Não tem as "boas graças" da imprensa que procura ver apenas o que ele faz de menos bom (como qualquer outro jogador do mundo) para o apoucar injustamente, levando alguns adeptos a "embarcar" na onda não destacando injustamente o que o dedicado mexicano tem de melhor. Yassine Brahimi, na sua bitola de jogador de qualidade esteve bem sem atingir o brilhantismo do jogo da Liga dos Campeões.

         Destaque maior merece MAREGA, que repetiu mais uma das suas excelentes exibições da presente época. Está com a "corda toda" o ariete africano do Mali, estando a transformar-se num "caso sério" no panorama do futebol português e não só.


         Jorge Sousa teve comportamento de equidade e bom nível na apreciação dos lances mais viris. A expulsão do jogador do Rio Ave impunha-se, talvez mesmo mais cedo. Aliás, o jogo foi disputado com virilidade normal, sem lances difíceis de decidir, e no cômputo final poder-se-à dizer que foi uma boa tarde de futebol que se passou no estádio dos Arcos, em Vila do Conde.


      

         

quinta-feira, setembro 14, 2017

TRÊS BALDES DE GELO NO BANHO TURCO.


Liga dos Campeões
Fase de grupos - 1ª mão
Estádio do Dragão, Porto, Portugal.
Sportv. Hora: 19:45
Tempo e relvado: Muito bons
Assistência: 42 429 (O Jogo)
2017.09.13


        FC do Porto, 1 - BESIKTAS (Turquia), 3
                                     (ao intervalo: 1-2)


FCP alinhou: Iker Casillas, Ricardo Pereira, Felipe, Iván Marcano (C), Alex Telles, Danilo Pereira, aos 81' Hernâni, Óliver Torres, aos na 2ª parte André André, Jesùs Corona, 2ª parte Otávio, Yassine Brahimi, Tiquinho Soares e Marega. Suplentes não utilizados: José Sá, Diego Reyes, Miguel Layún e Hèctor Herrera.
Equipamento: oficial tradicional 
Treinador: Sérgio Conceição.

Besiktas alinhou: Fabrício, Adriano, aos 87' Uyoal, Pepe, Tosic, Erkin, Hutchinson, Ozyatup, aos 68' Medel, Talisca, Ricardo Quaresma, aos 73 Negredo, Bapel e Tosvu.

Árbitro: Anthony Taylor (Eng.)

GOLOS: aos 13' por TALISCA, numa assistência de Ricardo Quaresma, 1-1 aos 21' em auto golo de Tosich, na sequência de pontapé de canto apontado por Alex Telles; 1-2 aos 28', por Cenk Tosun, em remate forte fora da área alguns metros sem oposição, com Iker Casillas  a lançar-se em voo e a tocar a bola com a ponta da luva sem conseguir evitar o golo; 1- 3 aos 86' por Babel na conclusão de jogada de entendimento do ataque turco.

         O Besiktas da Turquia veio ao Dragão impor ao Futebol Clube do Porto um desconfortante  "banho turco" com aplicação dos três baldes gelados da praxe, contrariando a onda de otimismo e a esperança que vinham a instalar-se no coração dos seguidores portistas na era de Sérgio Conceição.

        A realidade do jogo demonstrou que o Dragão tem ainda um longo percurso pela frente antes de atingir o grau superior a que os adeptos aspiram e esperam que venha a merecer o desempenho da equipa ao mais alto nível europeu.

        O triunfo da equipa dos "nossos" Ricardo Quaresma e Pepe traduz uma superioridade na partida apenas questionada em reduzidos períodos do tempo de jogo. A serenidade, experiência e eficácia do conjunto turco, individual e coletivamente consideradas, foram qualidades que o FC do Porto nesta partida não logrou confirmar, podendo a formação da casa ter obtido final bem diferente se lograsse atingir o potencial que já provou possuir no arranque inicial desta temporada. Mas, atuando de modo precipitado, com passes a esbarrarem frequentemente nas pernas dos adversários e a desperdiçar oportunidades flagrantes de golo não se pode aspirar a grandes feitos.

       O golo do malquisto (mas simpático) Talisca no dealbar do jogo foi determinante para a forma como a partida veio a desenvolver-se. O FC do Porto acusou depressa o mau augúrio da desvantagem no marcador, que nem o empate conseguido na sequência de livre de canto por ação do defesa turco, atenuou. O conjunto ásioeuropeu tendo assumido o controle da partida não permitia a necessária reação portista para inverter a situação, ainda que com as alterações introduzidas pelo Sérgio no miolo na segunda parte tivessem produzido melhorias, contudo insuficientes.


       Erros de avaliação tática, segundo o técnico responsável, baixo rendimento individual a este nível e a falta de eficácia atacante explicam o insucesso desta primeira jornada da Liga dos Campeões Europeus.

       Yassine Brahimi durou toda a partida à frente do pelotão, ou a puxar a canoa como o Fernando Pimenta. Bem jogou e trabalhou o endiabrado argelino, tivessem estado à sua altura os demais. De resto,  toda a defesa, imbatível à escala da Liga NOS, inclusive, Iker Casillas, sabem e deviam ter feito mais e melhor; tal como na "sala de decisões" que é o meio campo, o qual não assegurou a tranquilidade e a precisão exigíveis para liderar a partida; Marega, destapou a cobertura das suas limitações técnicas que tentou superar com muito esforço e coração. Tiquinho Soares foi generoso até à exaustão, teve oportunidade de ganhar o empate a dois golos, mas igualou Óliver Torres quando este aos 19' viu um remate ser defendido pelo poste.  


       Por princípio, subscrevo a opinião de que só é importante quem vai a jogo. Aboubakar, não participou...

       Sou apreciador das arbitragens profissionais inglesas mas não recordo uma de Anthony Taylor. Não visualizei na atuação erros relevantes em atenção ao critério de avaliação do Reino Unido, sem prejuízo de não ter percebido bem decisões tomadas em alguns lances comparáveis, as quais me pareceram ter tido tratamento mais favorável à equipa turca. Talvez isso seja consequência da minha condição de arreigado adepto do sublime emblema da Invicta Cidade, ou, quiçá, de crítico feroz e inconformado com o que constato suceder em Portugal nessa matéria.




       Palmas para Ricardo Quaresma e Pepe. Honestidade e classe! Obrigado, amigos. Felicidades. 


segunda-feira, setembro 11, 2017

O CASO DO JOGO É QUE (NESTE) NÃO HOUVE CASOS.


Liga NOS
5ª jornada
Estádio do Dragão. Porto
Sportv - Hora: 20:30
Tempo e relvado: bons
Espectadores: 43 109 (O Jogo)
2017.09.11


              FC do PORTO, 3 - GD Chaves, 0
                                      (ao intervalo: 0-0)

FCP alinhou: Iker Casillas, Miguel Layún, Felipe, Iván Marcano (C), Alex Telles, Danilo Pereira, Óliver Torres, Jesùs Corona, na 2ª parte Tiquinho Soares, Yassine Brahimi, aos 82´André André, Aboubakar, aos 77' Otávio e Moussa Marega.
Equipamento: oficial tradicional 
Treinador: Sérgio Conceição.

Equipa de arbitragem: Rui Oliveira (AFPorto), auxiliado por Paulo Vieira e André Nogueira Dias. 4º árbitro: Humberto Teixeira. VAR: Hugo Miguel.

GOLOS: aos 49' por ABOUBAKAR, recebendo a bola de Yassine Brahimi e apertado por defesa até à entrada do bico da área no lado contrário ao do passe, ganhou posição e de pé esquerdo, rematou rasteiro para o poste mais distante enganando Ricardo que saía ao seu encontro; 2-0 aos 86' por TIQUINHO SOARES, na conversão de penalti por mão na bola; Ricardo defendeu bem o primeiro remate, mas a bola foi ao encontro do avançado portista o qual num novo remate em força e com colocação fuzilou sem remissão; 3-0 aos 88' por MAREGA, batendo de primeira uma assistência vinda da esquerda sem deixar cair a bola e sem dar margem de defesa ao ex-guarda redes do FC do Porto.

             O resultado pode parecer demasiado pesado para a equipa de Luís Castro, pelo futebol  que exibiu e pelas duas oportunidades flagrantes de golo que não aproveitou ocorridas aos 70' e 81' quando o resultado estava ainda em 1-0,  mas a quinta vitória em cinco jornadas do campeonato da formação de Sérgio Conceição e a liderança da prova é compensação merecida e obtida de forma imaculada sem casos de arbitragem a denegrir a conquista dos pontos correspondentes.

             O Futebol Clube do Porto não fez um jogo brilhante na primeira parte. O futebol praticado não teve fulgor, houve demasiadas jogadas inconcluídas e a bola não fluía quando chegava às alas, sobretudo à direita onde Miguel Layún e Jesùs Corona eram facilmente anulados pelos adversários, e do lado contrário Alex Telles e Yassine Brahimi, apesar de incomodarem a defesa contrária e terem mais tempo de bola não logravam furar a bem organizada resistência dos transmontanos.


            No período complementar a equipa do Porto entrou com o "prego a fundo", mais veloz e a sair em jogadas organizadas e frequentes e bem sucedidas. O golo depois de jogada de raça do maliano Aboubakar logo aos 49' foi antídoto contra a ansiedade, mas não causou muita mossa nas "más intenções" e bom futebol dos flavienses, que passaram a ser mais audazes no avanço no relvado e a discutir de frente o domínio do jogo a meio campo. O Sérgio mexeu na formação com dedo de mestre e a equipa voltou à supremacia no miolo das operações, e a partir daí apenas a míngua da vantagem causava preocupações quanto ao desfecho final.


            De novo, o Dragão encheu e os adeptos não saíram desconsolados. Assistiram a um bom jogo de futebol, honesto e com os dois conjuntos empenhados em jogar e a lutar pelo melhor resultado possível. Jogo sem casos com influência direta na conquista dos pontos em disputa, o que já não é muito frequente acontecer quando o Futebol Clube do Porto participa. Assim se contribui para a apaziguamento das massas apoiantes e aumento de confiança nos agentes externos ao "jogo jogado" pelas equipas dentro das quatro linhas e reguladas pelas dezassete leis que regem o jogo da bola, e se premeia o empenhamento dos seus técnicos e dirigentes desportivos e acalmam os que apaixonadamente consomem futebol, que são os adeptos.


           Notável a defesa portista que leva cinco jogos sem sofrer golos. Destacável o empenho e a valorização e evolução técnica que Moussa MAREGA está a revelar, justamente votado (por mim, também) o jogador mais destacado do encontro.


           De Rui Oliveira e da sua equipa não se poderá dizer que o desempenho tenha sido impecável. Não foi, mas (provavelmente) nunca algum juiz não errará. Houve dois lances no decorrer do confronto, em ambos os conjuntos, que poderiam noutras mentes iluminadas merecer punição. Houve, efetivamente faltas, mas,em nenhum deles vi no faltoso propósito de atingir o colega de profissão; há contactos que são inevitáveis quando se disputa a bola, algumas vezes de que resultam lesões graves, mas que claramente se pode considerar um lance acidental. Foi o caso do episódio em que interveio Yassine Brahimi, pisado por um adversário ao nível do tornozelo, grave presumivelmente, no qual não vi intenção do faltoso em não procurar apenas desarmar o influente argelino do FC do Porto.