quinta-feira, agosto 10, 2017

DRAGÃO EM BOA PRAIA.

TREINADOR NUNCA NEGA CONFORTO NOS MOMENTOS MENOS FELIZES.

 (Foto OJOgo online)

Liga NOS
Primeira jornada
Estádio do Dragão, Porto, Portugal
Sportv1 - 19:00 horas
Lotação esgotada
Tempo de verão
2017.08.09

        FC do PORTO, 4 - Estoril Praia, 0 
                                  (ao intervalo: 1-0)

FCP alinhou: Iker Casillas, Ricardo Pereira, Felipe, Iván Marcano (C), Alex Telles, Danilo Pereira, Óliver Torres, aos 81' Hèctor Herrera, Jesùs Corona, aos 70' Hernâni, Yassine Brahimi, Tiquinho Soares, aos 32' Marega e Vincent Aboubakar.
Equipamento: oficial tradicional.
Treinador: Sérgio Conceição

Árbitro: Hugo Miguel (AF Lisboa)

GOLOS; 1-0 aos 35' por MAREGA, intercetando uma devolução da bola de Mano para Moreira, em remate sem oposição; 2-0 aos 54' por YASSINE BRAHIMI, na sequência de um lançamento de Alex Telles para Óliver, o qual serve magistralmente Brahimi a desmarcar-se para dentro da área, com o argelino em drible a beneficiar de uma ressalto e rematar colocado junto ao poste; 3-0 aos 62' num bis de MAREGA, de novo numa bela assistência de Óliver, com o ponta de lança portista a rematar de cabeça sem oposição; 4-0 aos 70', pelo central portista IVÁN MARCANO, em resultado de livre apontado por Óliver Torres para as costas da defesa estorilista e entrada fulgurante de cabeça do capitão do FCP. Hugo Miguel (ou o auxiliar) anulou o lance por ter considerado que Marcano teria partido na posição de fora de jogo, tendo sido contrariado pela informação do VAR que deu o lance como válido. Na imagem corrida da TV é evidente que nenhum jogador do FCP está para para além da linha de defesa adversária pelo que o juiz de linha tinha obrigação de alertar o juiz principal para o erro que cometeu.

        Espetáculo de de grande propaganda para a modalidade, numa partida que decorreu em ambiente fantástico de entusiasmo e fervor clubista, alegria, cor e momentos de bom futebol, no estádio mais belo do mundo com lotação esgotada.

       Quem avaliar o jogo apenas pelos números corre o risco de formular opinião desfasada da realidade, porque, em boa verdade a vitória não foi tão fácil quanto os números possam dar a entender. E o volume de golos ficou ainda assim muito aquem das oportunidades criadas e desperdiçadas pelas duas equipas, sendo que à sua conta Vincent Aboubakar esbanjou uma boa meia dúzia de ocasiões para fazer golo, além das duas que transformou bem anuladas por posição irregular.

       Reconhecendo-se que o Futebol Clube do Porto não dez uma exibição perfeita, longe disso, produziu muito mais do que seria necessário para confirmar a justiça da vitória neste jogo inaugural da prova maior do futebol português, e de que tem argumentos sólidos para atingir o objetivo primordial de recuperar o título de campeão nacional.

       A equipa de Sérgio Conceição esteve por cima do jogo de princípio ao fim. O Estoril Praia adotou uma postura objetivamente defensiva mas não obsessiva, bastante coesa e bem organizada. Lançado ao ataque o conjunto do Estoril lograva chegar à baliza de Iker com critério causando situações de perigo e ameaçando chegar ao golo em situação inspirada ou remate feliz. Por duas vezes a bola roçou a trave portista...

       O caudal ofensivo do Dragão foi intenso e difícil de suster pela defesa contrária. Defensivamente, Felipe e Marcano, com a prestimosa ajuda de Danilo Pereira, foram capazes de anular as investidas do Estoril, e nas situações de ataque a pressão alta permitia que, depois de recuperada a bola, o jogo fluísse em lançamentos de Óliver Torres para os corredores laterais, com Alex Telles, à esquerda, é Ricardo Pereira, na ala direita a combinarem entre si com Brahimi e Corona, cada um no seu estilo, a romper a defensiva adversária para servir Aboubakar e Marega. Contudo, há que referir os exagerados passes mal executados e jogadas mal concluídas no derradeiro toque, talvez consequência de alguma ansiedade em mostrar serviço num início de época em que muita coisa pode ficar definida.

        Há muitas e justificadas razões para otimismo quanto à qualidade e quantidade de valores do plantel. Nesta partida foi notável a boa forma que a maioria dos jogadores demonstraram. Iker Casillas respondeu com categoria quando foi necessário, designadamente aos 75' quando travou dois remates em dois lances distintos. Ricardo Pereira ultrapassou os primeiros lances menos à vontade subindo de rendimento com o decorrer do tempo; Alex Telles foi muito ativo mas pouco produtivo nos cruzamentos; Danilo Pereira joga já perto da sua bitola; Óliver Torres é o  "maestro" virtuoso da banda, Corona não fez um jogo destacado mas foi útil, Brahimi com total liberdade para soltar toda a sua classe e magia, Aboubakar a esbanjar energia, suor e...golos, mas persistente, teimoso e fé inquebrável, um leão africano de assustar; Marega, ocupou a titularidade de Tiquinho Soares que saiu do jogo lesionado, e chegou com a exibição e dois golos a "melhor do jogo", e Hèctor Herrera, um título que vai render altos juros neste campeonato. Hernâni foi quase sempre travado em falta para anular a sua velocidade.

       ...E o Sérgio, e a sua equipa; 
       ...E o público do Dragão
       ...E o Senhor Presidente Jorge Nuno Pinto da Costa na tribuna de sonho...

      ... E o Hugo Miguel voltou a errar...
      ... azar!?

      

     

      

     

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