segunda-feira, fevereiro 25, 2013

RIO SECO.

                   JORGE FIEL, assina hoje no Jornal de Notícias (JN) mais uma das suas deliciosas crónicas, esta glosando a propalada homenagem à cantora portista Dona Maria Amélia Canossa que o presidente da(de) Câmara Municipal do Porto em fim de mandato entendeu promover.

              Para os portistas que não tiverem oportunidade de a ler na fonte transcrevo, com a devida vénia ao ilustre autor e ao jornal onde está divulgada, o texto integral daquela tão sumarenta quanto oportuna escrita.





"O Rio é fino como um alho"

"Ó! meu Porto onde a eterna mocidade diz à gente o que é ser nobre e leal, teu pendão leva o escudo da cidade que na História deu o nome a Portugal... Confesso que sinto um arrepio na espinha quando, a sublinhar a entrada em campo da nossa equipa, a instalação sonora passa o hino do F.C. Porto, cantado pela voz límpida de Maria Amélia Canossa e tocado pela London Philharmonic Orchestra.
Não é muito racional, mas penso que todos - portistas ou salgueiristas, benfiquistas ou sportinguistas - sabemos que o futebol não é o território da razão, mas da emoção e da paixão.
Maria Amélia Canossa faz parte de um geração de cançonetistas, como Tony de Matos e Simone de Oliveira, que marcaram o panorama musical do Portugal dos anos 60. Quando recordo Tony de Matos, vêm-me à memória "Só nós dois" (...é que sabemos quando nos damos bem). Falam-me de Simone de Oliveira e desato logo a trautear "Desfolhada" (eira de milho, luar de agosto, quem faz um filho, fá-lo por gosto) com a minha voz desafinada.
O hino do Porto é a minha reação pavloviana ao nome da Maria Amélia Canossa, que Rui Rio planeia distinguir quando no 25 de abril distribuir pela última vez as medalhas da cidade.
Uma escolha algo estranha por vir de um político que a primeira coisa que fez após ser eleito presidente da Câmara foi levar à cena um western de 4.ª categoria, com o Porto a fazer de cidade selvagem do Faroeste, reservando para ele o papel do xerife que enfrenta um bando de malfeitores, onde se conluiava perigosos agentes culturais, empreiteiros e o F.C. Porto.
O Rui é fino como um alho. Esta estratégia resultou em plano para um político como ele, para quem o Porto não era o ponto de chegada, mas o trampolim para altos voos em Lisboa. Ao declarar guerra a Pinto da Costa conquistou a simpatia dos alegados seis milhões de antiportistas.
Durante uma dúzia de anos, Rio cometeu a proeza de ser o único autarca da Europa a recusar a varanda dos Paços do Concelho ao clube que leva mais alto o nome da cidade - os campeões europeus de 2004, vencedores da Taça UEFA de 2003 e da Liga Europa de 2011, e campeões nacionais em 2003, 2004, 2006, 2007, 2008, 2009, 2011 e 2012.
No ano passado, Rui surpreendeu ao dar a medalha de mérito municipal, grau cobre, ao Manuel do Laço, sócio símbolo do seu Boavista. Este ano vai dar a medalha de mérito municipal, grau prata, à cantora do hino do Porto. Tem lógica, apesar de ter pena que ele se tenha esquecido do Lourenço trompetista.
Já agora, que estamos a falar de distinções, desconfio que o próximo presidente da (e não de? ) Câmara vai entregar ao F.C. Porto as chaves da cidade, depositando-as nas mãos do seu líder histórico, Pinto da Costa. Pois, como canta Maria Amélia Canossa, "quando alguém se atrever a sufocar o grito audaz da tua ardente voz, ó! Porto então verás vibrar a multidão, num grito só de todos nós".

sábado, fevereiro 23, 2013

JACKSON MARTÍNEZ AMANSOU RIO BRAVO.


                       (Foto "O Jogo" online)




Primeira Liga
Estádio do Dragão, Porto


2013.02.23

                     FUTEBOL CLUBE DO PORTO, 2 - Rio Ave, 1

                     Golos de Jackson Martínez (2), na conversão de um penalti aos 46' e num remate a passe de James Rodriguez, aos 76'. Braga, inaugurou o marcador aos 38', aproveitando um lançamento comprido para o meio campo portista e a apatia de Maicon e Helton.


                    Confirmaram-se todas as previsões quanto à forma como as duas equipas iriam encarar esta partida, principalmente a do FC Porto que vinha de uma jornada europeia de grande exigência física e anímica. O conjunto de Nuno Espírito Santo também não surpreendeu apostando tudo no desgaste do seu opositor fazendo valer os méritos que lhe vêm sendo reconhecidos e lhe conferem uma excelente posição na tabela classificativa.

                    Os vilacondenses  viram ainda aumentadas as suas expectativas para este jogo quando, aos 38' se adiantaram no marcador com o golo de Braga, num erro partilhado de Maicon e Helton, na única verdadeira oportunidade de golo de que desfrutaram em toda a partida.

                    Martínez, imperdoavelmente displicente na conversão de um penalti aos 32' (o vídeo vai correr mundo e terá consequências ao nível da carreira), redimiu-se ao apontar novo castigo máximo aos 46', com a concentração que lhe faltou no lance falhado.

                   Otamendi foi o homem da defesa e Quiño, em estreia absoluta, cresceu à medida em que o jogo se foi desenrolando logrando um excelente desempenho, acima do seu companheiro do lado direito, muito discreto no rendimento. Maicon e Helton (já começo a sentir alguma impaciência com tanta azelhice não podem ter nota positiva. Não seria tempo de lhe dar ao "velho" guarda-redes uns "avisos" quanto à intocabilidade no posto? ).

                   Moutinho e Fernando, na bitola interna e Lucho algo ausente. Izmaylov, cumpriu sem ser esfuziante e foi dele que resultou o penalti que Jackson "não quis" converter. Varela, bastante activo melhorou em relação à primeira parte e cumpriu. James Rodriguez fez tudo bem e tirou o centro que redimiu Jackson. 

                 Jackson Martinez, tem direito a perdão mas não espere que os adeptos esqueçam. De futuro, que pense duas vezes antes de tentar a "brincadeira". Valeu-lhe que Vítor Pereira é um treinador com coragem e...autoridade.

                 ...apesar do "pecado" não vi outro que merecesse ser o "homem do jogo".

                 Défour regressou e mostrou a qualidade de jogador que é. Castro não teve tempo para aquecer para o banho.

                Foi, que me recorde, a melhor arbitragem que vi fazer a Artur Soares Dias. 




                  

terça-feira, fevereiro 19, 2013

PORTO DE CHAMPIONS VENCE MÁLAGA COM MÉRITO.





Liga dos Campeões
Estádio do Dragão, Porto, Portugal
2013.02.19

                  FUTEBOL CLUBE DO PORTO, 1 - Málaga (Espanha), 0

                                    Golo de João Moutinho, aos 56', servido superiormente por Alex Sandro com um passe rasteiro fantástico para a entrada da área, com o 8 portista a entrar como um raio por entre a defesa do Málaga e bater para a baliza sem hipótese de defesa. Jogada sensacional!

                                    O Futebol Clube do Porto realizou um excelente jogo digno de uma grande equipa da melhor Liga do Mundo. Foi muito superior à equipa espanhola desde o apito inicial e durante toda a partida, assumindo com audácia o estatuto de melhor equipa forçando o seu adversário a correr atrás da bola uma grande parte do tempo de jogo.

                                     A equipa de Pelligrini foi aquilo que Vítor Pereira e o público mais atento esperavam. Era previsível que não viriam ao Porto arriscar demasiado e até certo ponto pode dizer-se que ficaram satisfeitos por apenas terem sofrido um golo o que lhes mantém a esperança de a 13 de Março, em Málaga, resolverem a eliminatória a seu favor. Apesar de ter ficado aquem das previsões dos comentadores, não ficaram dúvidas que têm um conjunto forte e continuam na luta pela passagem na eliminatória.   Não terá estado a um nível mais elevado, apenas e só porque o Futebol Clube do Porto, o não permitiu.

                                    Individualmente, todos se entregaram ao jogo dando o máximo das suas potencialidades físicas e técnicas. E, quase todos estiveram acima do que normalmente conseguem nos jogos internos. De todos, o que mais se terá destacado foi João Moutinho, que fez um jogo estupendo. Ainda estou perplexo com a atitude do árbitro inglês tida para com ele numa falta cometida, como se ele fosse, por índole, um jogador contumaz em entradas faltosas! E foi o único a receber tão paremptório "aviso! 

                                    A defesa está cada vez mais sólida e Mangala é um pêndulo. Ninguém lerÁ amanhã que não terá cometido uma única falta EM TODA A PARTIDA. Alex Sandro é um dos melhores do mundo no seu lugar, na actualidade. Danilo, está muito longe do valor do seu compatriota. Fernando, espectacular em pujança e trabalho. Lucho, não estará na sua melhor forma. Apesar disso, é essencial no miolo. 

                                   Excelente jogo de Izmaylov, melhor na jogo interior do que nas alas. Jackson Martínez lançou o pânico na defesa do Málaga a cada demarcação que fazia. Trabalhou sempre no máximo de esforço e teve honras de marcação cerrada de vários adversários ao mesmo tempo. Varela, esteve ainda menos produtivo que Danilo e muito mais desastrado.

                                  James Rodriguez teve bastante bola e saíu-se sempre bem com ela. Tentou vários remates mas saíram fracos e ao lado. Atsú, sempre que (bem) servido assustava os defensores espanhóis e criou alguns lances de perigo. Muito bem. Castro, entrou apenas por razões de estratégia.

                                 Gosto das arbitragens "à inglesa". Estou, porém, habituado a que eles usem a mesma bitola de tratamento para as duas equipas. Não me pareceu que fosse o caso do árbitro deste jogo, tendo ficado com a impressão de que esteve preocupado em mostrar que não "é caseiro", além de uma certa propensão narcisista que não lhe acrescenta nada de positivo. Além do mais, os jogadores do FC Porto não lhe criaram quaisquer problemas.

segunda-feira, fevereiro 18, 2013

NEM POR ENCOMENDA...

           
                ...seria possível conseguir melhor! Mesmo no finalzinho, lá chegou a encomenda com delicioso sabor a fruta. Lima ou laranja, caiu que nem canja!

                Sorte? Quem falou em sorte? Dádivas assim não caem do céu como o maná da Bíblia. É preciso muito trabalho de casa, muita pesquisa para encontrar fruta de "boa qualidade", investimento no agente certo, lançar a rede "por outro lado" para apanhar o peixe das águas profundas, manhoso, que sabe distinguir o anzol onde pode comer o isco sem ficas preso pelos beiços.

                No passa nada: tudo legal, cristalino, transparente, com a Luz a inundar as câmaras da TV e os lápis de duas pontas dos repórteres das gazetas fiéis e reverentes. Hoje, não haverá reportagens nem relatos de embates de  meteoritos na Terra nem de ondas devastadores de tsunamis provocadas por terramotos.

                A sul, nada de novo. Agora, como dantes quartel general em Abrantes!.



              

sábado, fevereiro 16, 2013

PRELÚDIO À BEIRA MAR.



O Jogo
Liga Zon Sagres
Estádio Municipal de Aveiro
2013.02.15

                        Beira-Mar, 0 - FUTEBOL CLUBE DO PORTO, 2
                                      (ATSU, aos 34' e JACKSON MARTÍNEZ, aos 73´)

FCP: Helton. Danilo, Otamendi, Mangala e Alex Sandro; Lucho, Moutinho e Fernando. Marat Izmaylov e Atsu. Jogaram ainda: Maicon, no lugar de Atsu, aos 65'; Lucho, cedeu o lugar a James Rodriguez, aos 71' e, Moutinho, cedeu o lugar a Castro, aos 81'.


                            Antecedendo a jornada europeia da próxima quarta-feira em que o Futebol Clube do Porto vai defrontar o Málaga para a 1ª mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões, os bi-campeões nacionais foram a Aveiro derrotar o SC Beira-Mar, pelo resultado de duas bolas sem resposta.

                            O triunfo foi tão natural e justificado quanto previsível perante o desnível de potencial que distingue os conjuntos em confronto: os aveirenses a lutar pela permanência no escalão maior do futebol luso,  tendo como opositor uma das melhores equipas da Europa do momento e candidato primeiro à renovação do título de campeão.

                            A partida não excedeu as previsões dos jogos em que um dos contendores está implicado numa prova com a importância da Liga dos Campeões. Não obstante as declarações de técnicos e jogadores, ainda que eles se esforcem por demonstrar o contrário, o comportamento dos atletas fica condicionado pela maior importância que é dada ao jogo seguinte.

                            Foi assim no jogo de ontem, em que o FC Porto adoptou um ritmo de jogo baixo, quase de treino activo, durante grande parte da partida. É um facto que acontece frequentemente, provavelmente contra o que a equipa técnica recomenda, sendo muito difícil de motivar um jogador para "meter o pé" e manter uma atitude agressiva na disputa da bola.

                           Por outro lado, estes jogos têm uma visibilidade que os jogadores das equipas consideradas mais fracas aproveitam para "dar nas vistas", pondo em campo todas as energias e virtudes que possuem para contrariar o favoritismo do adversário poderoso, o que, como ficou provado no jogo anterior no Dragão, o resultado é uma surpresa amarga...

                          O FC Porto controlou o jogo de princípio ao fim. O melhor período da equipa aconteceu a partir da hora, quando Vìtor Pereira procedeu ao reposicionamento dos jogadores de que resultou um aumento da velocidade e redefinição das jogadas e maior acerto do passe  final. Foi o período que mais me agradou e que me aumentou a certeza de que não haveria surpresa no resultado final.


 .



                          Como já referi, os jogadores não usaram de grandes acelerações e jogadas com piques desgastantes. Na defesa, Alex Sandro, Mangala, Otamendi e Danilo, por esta ordem, cumpriram o seu papel. O defesa direito terá de fazer, porém, muito melhor do que tem vindo a mostrar. Notável, foi o passe que deu a Jackson Martínez para este concluir com um golo de grande espectáculo. Helton, não foi posto à prova.
                          No miolo esteve (como de costume) a virtude. Moutinho, Lucho e Fernando, no mesmo plano, trabalham como um relógio suíço. 
                          Na frente, Atsu, enquanto manteve frescura física, foi  o que mais trabalhou e deu nas vistas. Até pelo belo golo que marcou. Jackson Martínez, é já uma referência da equipa pelo que joga, faz jogar e...pelo que marca: útil e bonito. Marat Izmaylov, cumpriu, pela primeira vez, noventa minutos completos. Isto, diz muito mas, é de justiça salientar, que esteve muitíssimo bem!

                          Maicon, regressou ao lugar onde melhor cumpre e sabe jogar. É um regresso que se saúda. Vítor Pereira, vai ter vida difícil para escalar a defesa... James Rodriguez, regressou para vinte minutos bons de adaptação ao ritmo competitivo e Castro, mostra agora muito mais à vontade quando é chamado. É um valor seguro que vai ter muitas opoirtunidades.

                         Olhem, dispenso-me de comentar esta ...da que nem nos distritais deveria ser chamado a arbitrar jogos. Se não estivesse em Portugal e visse um coitado como este ajuizar uma partida de uma Liga Profissional, diria que...só em Portugal é que existem dirigentes que permitem estas aberrações.


                           

domingo, fevereiro 10, 2013

AINDA PIOR DO QUE O RESULTADO FOI A EXIBIÇÃO.

 
JACKSON MARTÍNEZ marcou mas também falhou a conversão de um penalti.



Liga Zon Sagres
Estádio do Dragão, Porto (Portugal)
2013.02.10

                  FUTEBOL CLUBE DO PORTO, 1 - Olhanense, 1

Golos: 0-1, aos 7', por Targino; 1-1, aos 55', por Jackson Martínez. Aos 65', Jackson não converte um pontapé de grande penalidade.

                      

                  A equipa do FC Porto foi esta noite para mim, um dupla desilusão. Não foi capaz de vencer, no Dragão, uma equipa modesta como é o SC Olhanense, e, pior do que isso esteve muito longe de produzir uma exibição à altura das que ultimamente tem produzido.

                  Se descontarmos um período de tempo entre os 25' e 30' da primeira parte em que os rapazes de Olhão saíram da sua área até ao meio campo, a partida foi jogada apenas em 45 metros da relva com 21 jogadores a maior parte do tempo concentrados à entrada da área do campo defendido pelos algarvios.

                   O golo de Targino é resultante de uma perda de bola de Alex Sandro perto da área dos visitantes seguida de um lançamento pela direita, tendo Mangala sido batido em velocidade pelo marcador, que bateu bem, rasteiro e com potência, batendo Helton.

                    Jackson Martínez aproveitou um ressalto de bola no poste a remate de Varela, encostando para a baliza o golo que fez o empate. O mesmo jogador gorou a hipótese do 2-1, quando, aos 65', atirou para a bancada o golo que valia dois pontos de vantagem sobre o segundo da classificação geral.

                    O FC Porto falhou inúmeros últimos passes de jogadas que decorriam já na área de finalização, raramente um centro saiu como devia sucedendo-se em catadupa as opções erradas na definição dos lances pelas alas.


                   João Moutinho esteve ao seu (mais alto) nível e fez tudo para empurrar a equipa. Não vi melhor em todo o jogo. Alex Sandro, poderia ter sido decisivo se tivesse soltado a bola  com mais presteza. Fernando não brilhou, tal como Lucho e Izmailov, Helton, Otamendi e Mangala. Jakson Martínez andou uns furos abaixo do que já sabemos ser capaz de fazer, e o penalti falhado ainda reduz mais a nota. To Zé, abusou na tentativa de fazer um golão, Sebá e Liedson pouco se viram.

                   Danilo foi a pior exibição dos 14 do FC  Porto que foram a jogo.

                   O resultado final é um dos três com que as partidas de futebol podem terminar, independentemente do valor e categoria das equipas em confronto. Quem entende o futebol e já o acompanha há muitos anos, está avisado sobre as chamadas surpresas. Esta noite, aconteceu a nós e poucos esperariam que isso pudesse ocorrer, logo num momento em que podíamos ficar isolados no primeiro lugar da prova.

                   Nem sempre é dia do caçador. A presa também tem as suas chances.

                  Não será por este deslize que deixaremos fugir o tri. Apesar do desencanto consequência deste duplo desaire desta noite, consola-me a certeza de que continuámos a ser a melhor equipa portuguesa da actualidade.

                  

sábado, fevereiro 09, 2013

É, O DRAGÃO, UM MITO?

                  À falta de melhor argumento para tentar fomentar e perpetuar um estatuto de grandeza que já teve muitos melhores dias, é frequente ouvir-se dizer aos adeptos do clube da Dona Victória, que o Dragão é um ser inexistente, um produto imaginário, uma ficção que não pode ser materialmente representada. E, para que ego próprio ficar ainda mais inchado e a prosápia fortalecida, lá vem o exemplo da águia predadora, dominadora e temida entre as penosas aves da sua espécie.

              A prova real da existência do dragão é fácil de demonstrar. Está ao alcance de qualquer um e são precisos apenas escassos minutos para navegar na net até à Indonésia (e não apenas na Ásia), e entrar nas ilhas de Komoto. Escolhi um dos vídeos com menos conteúdo, mas suficiente para ficar clara a prova da existência deste animal. E, pelo que lá se diz, o bicho não é para brincadeiras e já anda cá pelo planeta há muito mais tempo que qualquer parasita necrófago de asas e nariz de papagaio.




              Não é este, porém, o meu Dragão, o Dragão de todos os portistas, o Dragão que encarnou na figura humana do Presidente Pinto da Costa para se tornar conhecido, temido e vencedor. O meu, o nosso, é o Mito, o das simbólicas descrições bíblicas, da história das antigas civilizações, das lendas dos feitos marinheiros e da conquistas do mundo ignorado, dos filósofos cujos ensinamentos evocamos e estudamos até à actualidade, a Verdade para onde se encaminham as nossas dúvidas, a nossa crença, a fé e a esperança em atingir a felicidade.

              Por alguma razão o Dragão é ícon na heráldica da cidade que deu o nome a Portugal e encima, temível e vigilante, o emblema mais belo e glorioso do mundo.

             Para os interesse do melhor clube de Portugal e um dos maiores do Mundo, é bom que os nossos adversários não tenham capacidade para descobrir e defender-se do Dragão arrasador, insaciável, impiedoso para os descrentes.  Não há dragões, dizeis. Pois não, não há. Então porquê tanto medo? Porque tremeis só de deles ouvirdes falar? Porque ajoelhais e capitulais quando ousais enfrentá-lo? Porque tendes que inventar "estórias", subornar juízes, alimentar pasquins, jogar o jogo sujo "por outro lado", criar túneis, jogar por "baixo da mesa" antes de enfrentar os adversários no campo, porque vendeis votos à política, porque vos escorre pelos beiços o leite das tetas da vaca do orçamento dos nossos impostos?

             De facto, o Dragão é irreal, quer dizer: INVENCÍVEL.
            
            

             

             

sábado, fevereiro 02, 2013

NENHUMA EQUIPA PORTUGUESA TINHA JOGADO TÃO BEM ESTA ÉPOCA!

Liga Profissional Portuguesa
Em Guimarães, Estádio D. Afonso Henriques

 2013.02.02.


'Jackshow' Martínez brilha na melhor exibição da época
CHÁ-CHÁ-CHÁ e MANGALA foram a Guimarães dar baile de apreciar.


              Vitória S C, 0 - FUTEBOL CLUBE DO PORTO, 4
Golos de JACKSON MARTÍNEZ, aos 37', 56' e 73' e Mangala, aos 15'.




               JACKSON MARTÍNEZ foi a figura do jogo, com MANGALA e IZMAILOV a partilhar com ele o podium. 

              Mas OTAMENDI, ALEX SANDRO, MOUTINHO, FERNANDO e VARELA fizeram por merecer menção de mérito. 

             HELTON, DANILO E LUCHO GONZÁLEZ actuaram dentro da bitola normal da categoria que possuem, e, CASTRO, tal como SEBÁ, entraram no jogo com toda a naturalidade.

             LIEDSON, estreou-se e a camisola das riscas azuis e brancas assenta-lhe (muito) bem.

            Um jogo destes merecia uma arbitragem com classe, porque, a que esteve em Guimarães esteve muito longe de lá chegar.

            Imparável a jogar sempre como esta noite a justificar bem duas "manitas" no placard dos resultados.

            Já lideramos em duas frentes: líder da classificação por equipas e do melhor marcador da prova.

            E ainda a procissão acaba de dar a volta...