sábado, outubro 29, 2011

ORA, ENTÃO, VIVA! PASSARAM BEM?


           

           Ninguém mas pediu, porém, percebi que era justo dar uns dias de férias aos meus visitantes para os poupar, ainda que por curtos dias, aos meus desenxabidos e, por isso, pouco chamativos dizeres, estando eu naturalmente com mais vontade de por fim a este silêncio do que, estou em crer, alguns dos meus amáveis e pacientes visitantes. Com o cuidado que sempre pomos quando vimos do stand com uma viatura nova, também eu neste regresso ansiado (por mim, acreditem) não pretendo "acelerar" para além do limite de velocidade que o bom senso recomenda.

             O futebol não foi para o autor, nos últimos dias, uma opção primordial mas, quem o tem a correr nas veias e dele estranha a ausência sempre precisará de umas vitaminas para manter os níveis no ponto estável que garanta o abastecimento das reservas necessárias à sobrevivência do "bichinho". Já a pensar mais no "a seguir" do que "no agora" que passava no canal TVI (onde o Baldemar continua a "mandar vir" até enjoar), fui seguindo no Estádio-Mais-Belo-da Europa, a equipa "a martelo" do Futebol Clube do Porto contra o Nacional, da "bela amante" portuguesa ilha da Madeira. Fraquinho, fraquinho, fraquinho de todo, longe de pintar a imagem que o povo portista estava à espera depois do empate com travo a arruda, em nossa casa, contra o Apoel. Cinco golos podia ser, mas não foi, sinónimo de jogatana "à 5Zero" como ali ocorreu na época finda e marcou, desde aí, o rumo ao título de campeão 2010/2011!

              Há vitórias fartas que deixam a barriga vazia.

              Mal chegado ao "lar doce lar" lá estava eu na minha "cadeira de sono, perdão de sonho" a ver o Dragão por dentro quando, há escassas horas atrás, o tinha apreciado de fora (nunca me farto da sua beleza elegante) quando atravessei a ponte do Freixo. Desta vez eram as camisolas azuis e brancas que se misturavam com as amarelas dos vizinhos de Paços e só elas me tiraram as dúvidas de quem eram os Dragões e os simpáticos rapazes do cunhado de Vítor Pereira. Eu perdi-me, até à hora de jogo, a procurar os "jogadores à Porto" que tinha a certeza iria ali encontrar, mas, por mais que olhasse, eu só conseguia distinguir Álvaro Pereira, às vezes parecia-me que também lá estava o Varela; no miolo, talvez Fernando lá estivesse também. De resto, andava por ali um louro, que não conheço, embora no volume fosse algo parecido com Hulk, talvez seja este a quem chamam o Incrível...talvez, porque, tivesse sido o nosso ídolo a ser substituído, nunca protagonizaria uma saída do jogo tão...aberrante! Se uns fazem percurso de estrelas (de) cadentes, outros começam a luzir intensamente. Soa como um nome célebre mas não é político como o herói do apartheid: este é belga e chama-se Mangala e os cedentes do seu passe não merecem estar há tanto tempo à espera da massa porque é material de qualidade. Como o Maciço/Bigorna, mas esse já eu sei o que vai valer. Pena, não tenha acertado na baliza naquele remate que dava um golo "com história".

                 Deo gratias! Parece unânime a opinião de que Vítor Pereira garantiu a vitória com as substituições que fez após o intervalo: Messinho (Moutinho), Valter e James Rodriguez. Bis, bis!

                 Há que dizê-lo porque escamotear a verdade não ajuda ninguém: este Futebol Clube do Porto não empolga, não respira saúde psicológica, transmite uma imagem de quem não tem ambição.

                 E os simpatizantes começam a impacientarem-se. E isso, se não é bom para eles, também não ajuda à saúde da equipa

                 A concluir, quero destacar o clima de autêntico festival rockiano que se instalou ali para os lados do aeroporto da Portela, onde a pândega ultrapassa a de um casamento cigano: o leão, se não morre de tanta euforia ainda vai acabar no hospital por força da indigestão de tanta caça que vem matando, a ponto de já nem ter necessidade de andar à procura dos ossos dos árbitros que tanto apreciavam...e perseguiam.

                 Fiquem bem e tenham muitos e bons fins de semana.
             
                

              

               

       

sábado, outubro 22, 2011

"A GUERRA DAS ROSAS."

       

           A "zanga" dos adeptos do Futebol Clube do Porto com a equipa pode comparar-se à divertida rábula descrita na canção de Camané, "A Guerra das Rosas", que, hoje, no crepúsculo da manhã, caminhando junto ao rio Lima, escutei através da TSF. Um homem que ama sofre, inquieta-se, exige, magoa e é magoado, mas perdoa porque o amor supera tudo, é mais forte que a vontade, só convive com a harmonia e em paz.

             O encontro da reconciliação entre a equipa e os adeptos está marcado para amanhã, naquele que (não me canso de o repetir) é o Mais Belo Estádio da Europa, a quem, em boa hora, o presidente Pinto da Costa, deu o nome mítico de Dragão, no jogo contra o Nacional da Madeira, no recomeço da Liga portuguesa.

              O jogo não comporta risco acrescido e a normalidade é a vitória. Sendo obrigatório e necessário, vencer, só por si, é pouco. Para recuperar a auto estima, os sócios e os simpatizantes, tanto ou mais que os três pontos, exigem empenho, concentração, competência e eficácia nos momentos decisivos. E, pedem, sobretudo, que não hajam encenações a desculpar lances canhestros a que são atreitos os incompetentes e inseguros.

              Inevitavelmente, Vítor Pereira, procederá a alterações na constituição da equipa relativamente ao jogo da Liga Europa. Num exercício de mera especulação sobre o que o nosso treinador irá fazer, quero crer que Otamendi e Guarin vão escapar ao veredicto espontâneo do júri do "tribunal" dos topo sul e norte e podem nem ver o relvado do banco. Moutinho? Desconheço o seu estado de espírito actual, mas não tem sido o Messinho a que nos ia habituando, e, Defour tem "preenchido a folha" com motivos interessantes, (o Standard de Liège é que está "à beira de um ataque de nervos"...).

              Na frente, nada de novo. Kléber, vai manter-se, apesar do Bigorna/Maciço, Valter, de seu nome "brazuca": precisa de tempo de jogo, anseia por mostrar serviço e é filho único para a Europa. Maicon ou Mangala, com o belga em alta cotação, Défour, e Belluschi, deverão ser chamados para provarem que o banco do FC Porto não é um qualquer BPN falido. Para além de outras, uma boa razão é que as características deste jogo se adequam às capacidades intrínsecas de cada um.

              Vamos fazer o nosso trabalho e manter o PRIMEIRO lugar do campeonato, com o "cabaço" intacto desde Abril do ano transacto.

            

             



           

sexta-feira, outubro 21, 2011

VAMOS CONTINUAR A GANHAR.

           Fazendo uma analogia patológica da situação que se vive no presente momento no Futebol Clube do Porto, dir-se-ia que ela não passa de uma gripe passageira, a qual, tomadas as precauções requeridas, deverá ficar a curto prazo completamente ultrapassada.

           O corpo é são, tem defesas para superar normalmente o vírus contraído e os cuidados de saúde são de qualidade, pelo que me parecem excessivos o tom e o modo, bem como o número dos toques de alarme que se despoletaram pelos mais diversos quadrantes do mundo do dragão.

           Viram-se, à "vista desarmada", situações a que já não estamos habituados por andarmos sempre na frente, viciados nas vitórias que arrasam os adversários, e, ao primeiro vento contrário reagimos como se estivéssemos à beira de um tornado.

            As pessoas (os adeptos) têm sempre razão "que a razão desconhece" porque um desaire, aos olhos de um crente fervoroso não tem desculpa nem é aceite pela maioria dos adeptos, o que os leva sempre a reagir perante situações negativas que abalam a sua confiança no futuro.

            As oscilações patentes na exibição obtidas no último jogo contra o Apoel, com consequência negativas inesperadas no resultado, bem como o desempenho de nível inferior que se verificou no insucesso de São Petersburgo, levaram a que os adeptos pusessem em causa a competência técnica de Vítor Pereira e a sua equipa, chegando mesmo a questionar, ainda, o empenho dos jogadores.

             Na verdade, o que vimos não nos podia deixar satisfeitos porque o cenário que idealizámos era bem diferente para este jogo. Estávamos à espera de ver um FC Porto a entrar forte na partida, confiante, guardando a bola para si, pressionante, obrigando o seu opositor a refugiar-se no seu meio campo sem lhe permitir a veleidade de contra-atacar.

             Não foi assim, no início ou no decorrer do jogo até aos noventa minutos. Daí o desapontamento.

             Muito mais atento e também altamente preocupado com o que se passava no relvado, estaria Vítor Pereira e a sua equipa. Tenho a certeza que, também eles, estavam descontentes com a lentidão, com a atitude de alguma passividade, até, da equipa. A facilidade concedida ao adversário nas bolas em altura na nossa área, a liberdade ampla de que beneficiou o avançado cipriota no excelente golo que obteve, o desplante imperdoável de Otamendi a oferecer a derrota aos adeptos, a incompetência do Cosme francês, o desnorte posicional dos jogadores e os OITO cartões (oito!!!) amarelos que os jogadores "pediram". As substituições foram a destempo e erróneas? Talvez, mas as leis do jogo não permitem mais de três...

             Encontradas as pedras onde as quedas acontecem há, apenas, que removê-las e o caminho fica outra vez chão. Detectado o problema que retira potência ao motor, ao mecânico compete substituir a peça quebrada ou a vela queimada e a máquina fica apta a produzir.

             Se nos parágrafos anteriores fiz questão de denunciar algumas das situações que, do meu ponto de vista de adepto desinformado da realidade dos bastidores me pareceram passíveis de serem criticadas, não significa que a situação não começasse já a ser invertida e a equipa não vá responder, de imediato, positivamente, porque, nisso quase todos estamos de acordo, temos o melhor plantel de todas as equipas portuguesas, a mais competente e vitoriosa organização de Portugal e estou confiante que Vítor Pereira e a sua equipa têm qualificações bastantes para conduzirem o transatlântico azul e branco.

             Ainda há tempo para ganhar TUDO. A nível interno, comandamos o campeonato invictos desde Abril da época finda, seguimos na Taça de Portugal, e, na Europa dos campeões seremos os primeiros do grupo porque provaremos ser esse o nosso lugar.

             Se há equipas diferentes que gostam de vencer desafios e vivê-los sob pressão, ela está, sem qualquer dúvida, a norte,  no Dragão. O ambiente de efervescência polémica que à nossa volta pretendem criar é uma tentativa falaciosa de nos desunir, de virar os adeptos contra adeptos e estes contra a equipa. Vão cair de novo aos nossos pés: hoje, como ontem. E, no futuro, porque

             "SOMOS PORTO".



         (Foto in Dragão Até à Morte, blogue de M. Vila Pouca)